Você já deve ter ouvido falar que está em vigor a nova placa de carro brasileira, que segue o padrão do Mercosul. Outros países já adotavam esse modelo desde 2015, mas o Brasil ainda relutava. Agora, o Detran decidiu implementar o formato, que ainda passa por modificações e restrições.
A verdade é que muita gente achou uma boa ideia, mas outros acreditam que essa é apenas uma despesa para o consumidor. Diante de tanta confusão, decidimos fazer este post para mostrar a você o que é válido, o que já foi determinado e de que maneira pode se adequar.
Vamos lá?
Quais são as diferenças da nova placa?
O padrão do Mercosul é bastante diferente da placa atualmente utilizada no País. Há mudanças no visual, na ordenação, nos caracteres e no significado de letras e números.
Se hoje são três letras e quatro números (por exemplo, ABC–1234), com o novo padrão haverá quatro letras e três números.
A ordenação também é diferente. Primeiro, vêm três letras. Em seguida, o primeiro número e, então, a última letra. O restante são os dois numerais posteriores. Por exemplo: ABC1D23.
Quanto aos elementos, a nova placa oferece os seguintes:
- símbolo do Mercosul;
- nome e bandeira do país;
- faixa holográfica;
- Código QR;
- hot stamp personalizado;
- ondas sinusoidais;
- brasões estadual e municipal;
- marca d’água.
Além disso, o fundo sempre será branco. O que distinguirá o tipo de veículo são os números e as letras, que seguirão a recomendação:
- preto: particular;
- azul: oficial;
- vermelho: comercial;
- laranja: diplomático;
- verde: especial;
- ocre: colecionador.
Quais são as vantagens do novo modelo?
A placa do Mercosul é bastante segura, muito mais que o modelo utilizado atualmente no País. Com isso, torna-se praticamente impossível clonar os veículos. Esse é o primeiro benefício.
No entanto, há mais. Outro bastante interessante é a facilidade de rastreamento e monitoramento, já que há o QR code e a implementação do chip. Assim, em caso de roubo, a polícia identificará a localização do carro com mais rapidez.
O que já mudou desde o anúncio da nova placa?
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) alterou várias regras desde que o novo modelo de placa foi anunciado. O início da implementação foi adiado algumas vezes e começou a valer em 11 de setembro de 2018 no Rio de Janeiro. A partir disso, os outros estados iniciariam sua adoção até o prazo final, em 1º de dezembro.
Porém, praticamente um mês depois seu uso foi suspenso em todo o País. A decisão foi promulgada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, de Brasília, em caráter provisório. O pedido de interrupção do uso foi feito pela Associação das Empresas Fabricantes e Lacradoras de Placas Automotivas do Estado de Santa Catarina (Aplasc).
Motivo:
- a implementação determinava que o Denatran deveria credenciar as empresas habilitadas a fabricar o dispositivo de identificação, o que atualmente é responsabilidade dos Detrans;
- a falta de criação de um sistema integrado de consulta de informações, que relacionasse todos os estados.
Atualmente, o início da implementação da placa está adiado, sem indicação alguma de prazo. Já no dia 24 de setembro havia sido revogada a exigência dos chips nas placas, que facilitariam a identificação dos automóveis.
O Rio de Janeiro — único estado que já estava adotando esse modelo — chegou a implementar algumas placas, mas sem a instalação dos chips. Para evitar uma violação, a resolução foi alterada.
Assim, a obrigatoriedade é referente somente ao QR Code, que implica restrições em relação aos chips, como permissão para locais restritos, envio de informações e compartilhamento de dados entre a polícia.
Para saber quando será necessário colocar a nova placa, é preciso ficar atento às notícias. A princípio, a substituição só será solicitada com a troca do veículo. Por isso, é desnecessário gastar dinheiro nesse momento.
Entendeu como a nova placa do Mercosul funciona e quais são suas particularidades? Compartilhe este post nas suas redes sociais e ajude a deixar outras pessoas informadas!