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Cinto de segurança: guia definitivo

Um dos recursos obrigatórios dos veículos, o cinto de segurança é essencial para a proteção de condutor e passageiros. Apesar de seu uso ser exigido há mais de 20 anos, muitas pessoas ainda ignoram sua relevância, especialmente quando está no banco de trás.

A verdade é que esse item é o que mais preserva a vida do motorista e outras pessoas. Em uma simulação de capotamento, o carro gira, fica de cabeça para baixo e ninguém sai do lugar. Sem o cinto, os passageiros poderiam ser até atirados para fora da janela do automóvel, o que agrava muito os ferimentos em caso de acidente.

Porém, as vantagens de sua utilização são aumentadas se você entender o que caracteriza esse recurso, como escolher o melhor tipo e o que dizem as leis de trânsito. É o que abordaremos neste artigo, além de outras informações. Confira!

 

Qual é o melhor cinto de segurança?

Existem diferentes tipos de cintos e todos eles têm a mesma função: proteger a vida e a segurança de motorista e passageiros. Com a obrigatoriedade de uso há mais de 20 anos, o Brasil é um dos países com maior percentual de utilização nos bancos da frente. O índice chega a 97%. Por sua vez, o banco de trás costuma ser preterido e apenas 7% utilizam esse suporte.

Os problemas derivados dessa situação são evidentes em diversos acidentes. Ainda assim, muita gente simplesmente ignora. Um dos acontecimentos desse tipo que mais ganhou notoriedade foi a morte do cantor Cristiano Araújo e sua namorada. Ambos estavam no banco de trás sem cinto.

A patente desse item indispensável foi registrada ainda em 1903, mas implementada após mais de 50 anos, no Corvette. O modelo era de dois pontos, chamado de cinto abdominal. Atualmente, o formato implementado é o de três pontos, que foi desenvolvido pelo engenheiro da Volvo, Nils Bohlin. Ainda existe outro momento, conforme explicaremos a seguir.

Apesar de sua criação remontar ao início do século passado, inexistia qualquer obrigatoriedade de uso até 1968. O Brasil foi pioneiro na instituição da lei, que foi revogada pouco tempo depois.

Então, quais são os modelos de cinto de segurança e qual é o melhor? Veja a seguir.

 

Cinto de dois pontos

Foi o primeiro modelo criado e bastante utilizado até os anos 1980. Estava inserido nos carros populares e protegia a cintura para impedir que o corpo fosse jogado para frente em caso de batidas ou freadas.

No entanto, com o tempo causava a chamada síndrome do cinto de segurança, que impacta a coluna lombar. Atualmente, é mais usado no assento do meio da parte traseira dos automóveis.

 

Cinto de três pontos

É o mais tradicional e tem o formato de um Y. Envolve a bacia, o tórax e os ombros. Oferece uma proteção maior porque distribui e absorve o impacto em toda a área de contato do corpo humano. O uso correto prevê que o cinto passe pelo meio do ombro e vá até a coluna, sendo engatado no quadril.

 

Cinto de quatro, cinco e seis pontos

São modelos especiais. O de quatro pontos é mais adotado em jipes que fazem trilhas, arrancadas e carros de track day. Seu objetivo é impedir lesões graves em caso de colisões muito fortes ou capotamento.

O modelo de cinco pontos é verificado em assentos infantis e carros de corrida. Protege os ombros e liga a correia entre as pernas do ocupante. Por fim, o de seis pontos tem ainda uma cinta adicional entre as pernas, que oferece uma proteção extra para quem gosta de velocidade.

A escolha do modelo ideal depende do seu contexto, mas o de três pontos costuma ser suficiente.

 

O que dizem as leis de trânsito sobre o cinto de segurança?

O artigo 65 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que: “é obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito)”. A exigência passou a valer em 1997, tanto para os bancos da frente quanto de trás.

O motorista que for pego sem cumprir a legislação está sujeito à multa de R$195 e aplicação de 5 pontos na carteira. O condutor também é responsabilizado se algum dos passageiros estiver sem o cinto.

Por isso, o recomendado é colocar o carro em funcionamento apenas quando todos estiverem de acordo com a lei. Caso contrário, é preciso exigir a colocação.

Tenha em mente que testes de colisão indicaram que uma batida a 20km/h já pode ocasionar até a morte do indivíduo sem o cinto, a depender do que ele estiver fazendo.

 

Como destravá-lo?

Em alguns casos, o cinto trava e fica praticamente impossível utilizá-lo no dia a dia. Nesse caso, o imprevisto pode ser solucionado com uma chave de fenda e um alicate de ponta fina. Quer saber como? Basta seguir as seguintes dicas:

  • puxe o cinto para tentar tirá-lo da função de autobloqueio. Caso esteja afivelado, solte-o do encaixe e puxe para longe do assento a fim de deixá-lo mais livre. Depois, volte aos poucos para trás. Se não pular de volta ao lugar, pode ter um nó;
  • use a chave de fenda e retire as tampas de plástico que protegem o mecanismo do cinto. Isso deixará a mola e o equipamento expostos. Se o problema for no banco traseiro, puxe os assentos para baixo para ter acesso ao dispositivo, que costuma estar na área do porta-malas, debaixo da camada do piso;
  • puxe o cinto completamente e identifique possíveis dobras, emaranhados ou objetos que travam o sistema;
  • desenrole a fita e remova obstruções, inclusive com o uso do alicate de ponta fina, se necessário;
  • teste o mecanismo para saber se está funcionando de forma correta. Se tiver problemas, procure um profissional.

Além desse cuidado, existem aqueles relacionados à manutenção. Veja a seguir!

 

Como lavar o cinto de segurança?

Esse recurso também deve ser limpo e mantido em bom estado. Caso contrário, a sujeira pode causar problemas no enrolamento, que é sensível e automático. Por isso, sempre lave o cinto com água morna e sabão neutro.

Para fazer isso, puxe o dispositivo para fora do compartimento ou de onde fica enrolado. Lave o máximo possível, mas impeça o cinto molhado de enrolar.

Espere secar completamente para evitar problemas às partes metálicas internas.
Nesse processo, verifique o estado do pano do cinto e da trava que o segura. Se necessário, faça a substituição do equipamento.

Com esses cuidados, o cinto de segurança do seu automóvel estará sobretudo em boa qualidade e protegerá sua vida ao máximo. Agora, só falta você usar esse recurso e exigir que todos os passageiros também realizem o mesmo procedimento.

Gostou de conhecer os detalhes sobre o cinto de segurança? Aproveite para saber como regular o farol do seu carro.

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