Um dos itens mais importantes para quem dirige é o freio do carro. Ele é sobretudo indispensável para evitar acidentes e garantir a segurança de motorista e passageiros. Apesar disso, a maioria das pessoas desconhece seu funcionamento.
Portanto, o freio é um sistema que passou por várias atualizações com o passar dos anos. De maneira simples, basta pressionar o pedal ou erguer a alavanca de mão para que ele seja ativado.
Porém, o que efetivamente caracteriza esse recurso? Como ele funciona e quais são seus principais componentes? Vamos explicar neste artigo.
Acompanhe!
Como o Freio do Carro Funciona?
A frenagem é um sistema acionado pelo motorista e consiste sobretudo na transformação da pressão mecânica em hidráulica a partir de um circuito fechado de fluido de freio do carro. Basicamente, o que acontece é que, ao pressionar o pedal, o cilindro mestre é ativado junto ao servo freio, que amplia sobretudo a força empregada pelo motorista.
Os pistões recebem a força mecânica encaminhada pelo cilindro mestre e o fluido é espalhado pelo sistema. Assim, o carro começa a diminuir sua velocidade até parar completamente.
Nesse contexto, há vários componentes implicados. Os principais estão listados a seguir.
Pedal
Sua função é ativar o sistema de frenagem a partir de um toque leve. É um componente resistente e que dificilmente precisa ser trocado.
Discos
As rodas contêm os discos, que ajudam o veículo parar no momento em que entram em contato com as pastilhas. A trepidação durante a frenagem indica o desgaste desse componente e a necessidade de troca ou ajuste.
Tambor
Sua responsabilidade é ativar o freio nas rodas traseiras. Também precisam ser trocados, assim como os discos. A trepidação e a espessura são bons indicativos dessa demanda.
Pastilhas
As pastilhas entram em contato com o disco de freio. Por isso, costumam estar presente nas rodas dianteiras. O desgaste faz com que o automóvel demore mais para parar. Por isso, é importante trocá-las quando necessário. Geralmente, isso acontece depois de 20 mil quilômetros.
Servo Freio
Sua atuação é similar à de um transmissor, que repassa a força de pressão no pedal para o sistema de frenagem. Esse processo ocorre com a ajuda do vácuo gerado pelo funcionamento do motor. Por isso, o pedal permanece duro quando o veículo está desligado.
Caso isso aconteça quando o carro estiver ligado, é importante verificar problemas no servo freio. Normalmente, seu tempo de vida vai de 120 mil a 200 mil quilômetros.
Cilindro mestre
O sistema com o fluido reservatório é abastecido por ele e, a partir disso, a pressão mecânica é transformada em hidráulica. O pedal do freio baixo indica possível corrosão interna por fluido vencido ou contaminado. O cilindro mestre exige manutenção e, nesse caso, tem duração máxima de 100 mil quilômetros.
Fluido
O chamado óleo de freio circula pela tubulação e transmite a pressão que ativa os freios a tambor e a disco.
Todos esses componentes trabalham conjuntamente e fazem o veículo parar. Porém, existem diferentes tipos de frenagem utilizados nos automóveis atualmente.
Quais São os Tipos de Freio do Carro?
O processo de comunicação do sistema de frenagem com as rodas acontece de maneira diversa, a depender do tipo de freio que o carro possui. Conheça, abaixo, quais são os formatos possíveis.
Sistema a Tambor ou a Disco
Esses modelos são mais antigos. Seu princípio é utilizar a pressão hidráulica do cilindro mestre para ativar a frenagem a partir do atrito ocorrido com as rodas. Assim, o veículo diminui sua velocidade.
A diferença é que no freio a tambor, a pressão é recebida pelo cilindro hidráulico, que encosta nas lonas que estão na superfície interna do tambor. A partir disso, o atrito é gerado.
Já no freio a disco, o cilindro hidráulico é substituído pela pinça hidráulica, que aciona as pastilhas para gerar atrito.
Em ambos os casos, as rodas podem travar quando há a frenagem rápida. Com isso, o carro pode perder a estabilidade rapidamente.
ABS
O Anti-lock Braking System é uma tecnologia mais recente e obrigatória em todos os veículos fabricados ou comercializados no Brasil a partir de 2014. A justificativa é por ter um sistema antitravamento, que impede a derrapagem das rodas.
O ABS funciona a partir de sensores instalados nas rodas, que seguem os comandos da central eletrônica do veículo. Quando acionado, há alterações rápidas entre alívio e pressão até que o automóvel pare completamente.
EBD
O Electronic Brake Distribution faz a distribuição eletrônica da força de frenagem, como o nome indica. Ele trabalha junto ao ABS, nos veículos em que está instalado. Nesses casos, sua função é dividir a pressão entre os eixos dianteiro e traseiro para haver melhor eficiência e aproveitamento.
O EBD é, portanto, um complemento ao ABS. Ele contribui para uma maior estabilidade do veículo, desde situações de freadas leves até as de emergência e em curvas.
ESC
O controle de estabilidade eletrônico é o sistema mais recente e que diminui significativamente a fatalidade dos acidentes, assim como a possibilidade de capotamentos. Isso porque sua principal função é corrigir a trajetória do veículo em frenagens, curvas ou desvios rápidos.
Também trabalha em conjunto com o ABS e outras tecnologias, entre elas:
- unidade de comando no centro do veículo, que identifica variações de direção e velocidade;
- sensor de ângulo de direção, que registra as atividades do motorista.
Por fim, o ESC pode ser auxiliado pela EBA, tecnologia de assistência à frenagem de emergência. Ela é ativada a partir da força aplicada no pedal e aumenta o potencial de freio do carro e oferece respostas mais rápidas.
Em suma, existem diferentes tipos de freios e várias opções para trazer mais segurança a você enquanto dirige. O ABS já é uma ótima tecnologia para veículos comuns e de passeio. Já o EBD e o ESC são complementares, mas uma boa alternativa para quem usa SUVs, picapes ou caminhonetes, que têm um centro de gravidade mais elevado.
Assim, o freio do carro é acionado corretamente, sem o travamento das rodas e com a garantia de eficiência no dia a dia. Para isso, basta fazer a manutenção e estar atento aos sinais que o veículo indica sobre a necessidade de troca de algum componente do sistema.
E você, procura conhecer mais tecnologias que ajudam a evitar acidentes? Conheça o sensor de ponto cego e saiba como ele funciona!
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